Archive for the Música Category

Miles Davis, intenso até o fim

Posted in Música with tags , , , , on 28/09/2011 by Ilhota Rock Festival

Primeira página do Caderno B: Segunda-feira, 30 de setembro de 1991

Carros de luxo,
mulheres bonitas,
drogas e bebidas,
doenças e operações,
frases polêmicas
e dezenas de discos
de inovadora
e excelente música.
Esta pode ser
a síntese da vida
– repleta de excesso,
na trajetória pessoal
e no talento artístico
– de Miles Dewey Davis III,
o grande trompetista…

Jornal do Brasil

A música, o jazz em particular, perdeu um de seus mais consagrados expoentes. O artista americano Miles Davis, 65 anos, não resistiu às complicações decorrentes de apoplexia, pneumonia e insuficiência respiratória, e morreu em Santa Mônica, Califórnia. Ele foi enterrado no Bronx, Nova Iorque.

Sempre consciente de que não era como os outros, Miles nasceu diferente dos tantos outros que habitariam seu mesmo universo. Não teve a infância difícil, nem o início de carreira miserável, tal como outros gênios do trompete. Foi criado num seio familiar burguês, com o conforto de frequentar boas escolas e a oportunidade de aprimorar com estudos seu talento ao trompete. Esta base, que muito contribuiu com o seu ingresso na prestigiada e seleta Juilliard School of Music de Nova Iorque, também favoreceu ao seu estigma de rebelde. Se por um lado as portas se abriam por sua performance musical, por outro, as regalias a que se acostumou, possibilitaram um comportamento desregrado, que acabaria por levá-lo ao submundo. Essa complexidade se notabilizaria a partir do final dos anos 40, quando já consagrado como a grande revelação do jazz, sairia de cena pela primeira vez, por quatro anos, em função do consumo de drogas. Neste ritmo, desfilou toda sorte de suas experiências: os músicos geniais que conheceu, os sons que criou, as fusões musicais que promoveu, as mulheres que amou, as violências em que se envolveu, as perdas que sofreu. Uma vida frenética, até o fim.

Um artista atraído pelas experimentações

Indiossincrático. Miles Davis foi um furacão, de pensamento a mil, inquieto e alucinógeno, passional e contraditório, indecifrável. Um dos maiores trompetistas do século XX, redefiniu constantemente sua música. Inventivo, permanentemente atraído pelas experimentações, revolucionou o jazz, inserindo outros estilos ao gênero, como o rock, criando o que passou a ser convencionado como ‘fusion’. Criticado pelos jazzistas tradicionais, que condenavam seu poder inventivo, Miles manteve-se firme em suas convicções, para a sorte do grande público que sua produção musical arrebatou.

Música desperta o interesse de estudantes

Posted in Música with tags , , , on 26/09/2011 by Ilhota Rock Festival

Todos os alunos da classe participam das atividades

Um projeto criado para que os estudantes se interessem pela música e percebam as diferentes linguagens usadas na produção das obras musicais movimenta as aulas do primeiro ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado Caio Prado Júnior, em Barueri (SP). A iniciativa, da professora Ana Lúcia Pereira Lima, surgiu para estimular os alunos, que não demonstravam interesse em participar das diferentes atividades oferecidas.

Estudos já comprovaram que a música desenvolve a inteligência, contribui para a organização e o desenvolvimento da criança –, diz a professora. Sabendo disso, não podemos descartar nenhuma possibilidade de obter sucesso com nossos educandos.

Formada em pedagogia, Ana Lúcia atua no magistério há 19 anos, 11 dos quais com alunos da educação infantil. Segundo ela, as crianças ficaram entusiasmadas com o projeto, que recebeu o nome de Musicalizando e Aprendendo. Dividida em três etapas, a proposta da professora apresenta, em primeiro lugar, a música com sons da natureza, como os da chuva, do vento e dos animais.

Depois, vem a apresentação do primeiro instrumento inventado pelo homem — a flauta. No terceiro momento, as crianças são estimuladas a estabelecer a relação da música com as diferentes linguagens envolvidas — de textos, visual e instrumental — e a perceber que a música não ocorre num único momento nem apenas com uma única pessoa.

Durante a realização do projeto, Ana Lúcia leva diversos instrumentos para os estudantes conhecerem. Sempre que possível, convida músicos para tocar na sala de aula.

A música é um despertar para aprender a aprender –, diz a professora.

Além de conversarem informalmente sobre as atividades realizadas, os estudantes registram ideias e sentimentos de várias formas, bem como as experiências vivenciadas, por meio de ilustrações, lista coletiva ou escrita espontânea. Surge assim o portfólio dos alunos.

Ana Lúcia considera fundamental usar diferentes linguagens para despertar o interesse do aluno em aprender e, assim, alcançar o maior número possível de crianças.

Sabemos que os educandos têm diferentes maneiras de aprender; não podemos nos limitar a uma única forma, pois assim estaríamos prejudicando uma parcela dos aprendizes –, analisa.

Todos os alunos da classe participam das atividades propostas, seja a gravação de canções ou a execução de dramatizações e coreografias.

Enfatizando o que eles já desenvolveram no projeto, com músicas do universo infantil, valorizando suas produções, pretendo mostrar a importância da escrita e da poesia na produção musical –, revela a educadora.

Ela ressalta que todo o trabalho ocorre atrelado ao processo de alfabetização. No fim do projeto, os alunos recebem cópia de todas as atividades das quais participam ao longo do ano, com as dramatizações, coreografias e músicas executadas por eles, além do portfólio.

O projeto de Ana Lúcia, que concorre ao prêmio Professor Giz de Ouro, da prefeitura de Barueri, surgiu por iniciativa da própria professora, mas conta com o apoio da instituição de ensino.

Procuramos, enquanto gestão, motivar os professores a buscar estratégias diferenciadas de ensino, para que a aprendizagem ocorra de forma prazerosa e eficaz –, salienta a diretora, Fátima da Conceição Manso.

Para ela, o trabalho de Ana Lúcia condiz com a proposta pedagógica da escola, pois estimula práticas inovadoras por parte dos professores.

Chico Buarque: Chico

Posted in Música with tags , , , on 16/08/2011 by Ilhota Rock Festival

Ser Chico é para poucos e não precisa de muito mais que isso. Ser Chico é canção. É poesia, é sentimento. Ser Chico não é ser o que já se foi antes, mas não é preciso. Chico é eterno e poucos discordam.

Sem um disco inédito desde 2006, o retorno às gravações com esse disco simplesmente chamado de “Chico” traz muito do que ele já foi. Não há novidade em sua fórmula, mas sempre é bom ouvi-lo, seja em novas ou velhas canções.

“Querido diário” é a faixa que abre o álbum e é a que mais se aproxima do Chico que foi Chico. Frases como “hoje topei com alguns conhecidos meus”, “hoje a cidade acordou toda em contramão”, “hoje pensei em ter religião”, nos lembra o Chico em “Cotidiano” e “Construção” e por si só já nos abre um sorriso nos lábios.

A quase blues, quase bossa nova, “Essa pequena” relata a paixão entre uma jovem e um homem mais velho e também nos chama a atenção. É simples e envolvente.

Um destaque do disco é a “Se Eu Soubesse”, que ele divide com a Thais Gulin (mas já havia “emprestado” a música para ela gravar em seu disco) e nos mostra uma boa parceria entre o casal.

Porém, uma das mais belas é a oitava faixa, “Nina”. Porque Chico se dá muito bem com temas comuns, como uma valsa que canta sobre uma menina em Moscou. Ele conhece como ninguém a magia comum da vida. E com isso, sempre nos encanta.

Quase terminando o álbum, “Barafunda” usa um roteiro parecido com o do seu último livro, “Leite derramado”, que trata de um homem velho que confunde suas memórias e tem muito a dizer, numa confusão entre diferenças culturais num mesmo país.

“Sinhá” é a faixa mais longa, que fecha o disco ao lado de João Bosco e relata um pouco do tempo da escravidão. E com uma melodia um pouco diferenciada do restante, nos deixa a sensação de um álbum simples, curto, mas que com certeza será ouvido por muitas vezes ainda. Sempre mais Chico.

Chico

  1. Querido diário
  2. Rubato
  3. Essa pequena
  4. Tipo um baião
  5. Se eu soubesse
  6. Sem você 2
  7. Sou eu
  8. Nina
  9. Barafunda
  10. Sinhá
  • Lançamento: 2011
  • Selo: Biscoito Fino

Escrito por Edi Fortini, da redação TDM.

Amy Winehouse anuncia oficialmente turnê no Brasil

Posted in Música with tags , on 11/11/2010 by Ilhota Rock Festival

Amy Winehouse

Agora é oficial. A cantora inglesa Amy Winehouse divulgou através de seu site que virá ao Brasil no início de 2011 para apresentações em quatro capitais. Os shows serão realizados entre os dias 08 e 15 de janeiro em Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo.

Os shows nas capitais de Santa Catarina, Pernambuco e São Paulo fazem parte da programação do festival Summer Soul, que contará também com as apresentações de Mayer Hawthorne e Janelle Monae.

Confira os locais dos shows:

  • Floirianópolis/SC, 08/01/2011.
  • Rio de Janeiro/RJ, 11/01/2011.
  • Recife/PE, 13/01/2011.
  • São Paulo/SP, 15/01/2011.

 

Fonte: Escrito por Eduardo Guimarães, da redação TDM.

Gabriel O Pensador lança videoclipe inspirado em “Tropa de Elite”

Posted in Música with tags , , , on 09/11/2010 by Ilhota Rock Festival

Gabriel O PensadorO rapper Gabriel O Pensador lançou na internet nesta quinta-feira, 18, um novo videoclipe. O vídeo é da música “Nunca Serão”, faixa composta inspirada no longa-metragem “Tropa de Elite” e que fará parte do repertório do próximo disco do cantor carioca.

O videoclipe foi dirigido por José Padilha, o mesmo diretor dos dois filmes “Tropa de Elite”, e intercala imagens do longa-metragem e cenas do Pensador. A letra da canção fala sobre um encontro fictício entre o rapper e o Capitão Nascimento, personagem protagonista dos filmes interpretado pelo ator Wagner Moura.

“Nunca Serão” não faz parte da trilha sonora do filme, mas estará disponível em CD depois do carnaval, quando Gabriel O Pensador lançará um novo álbum que trará alguns convidados espéciais, como o grupo AfroReggae.

 

Assista ao videolipe de “Nunca Serão”

 

Fonte: Escrito por Eduardo Guimarães, da redação TDM.

Primeiro prêmio de Música digital

Posted in Música with tags , , , , , , , on 01/10/2010 by Ilhota Rock Festival

Primeiro Prêmio de Música DigitalA música entrou numa nova era. E, agora, chegou a hora das premiações! Com a popularização da internet e da tecnologia digital ao longo das últimas duas décadas, o modo de fazer, produzir e consumir música passou – e ainda está passando – por uma verdadeira revolução que tem provocado profundas mudanças no mercado fonográfico mundial. Hoje, a grande maioria dos artistas, produtores, fãs e, finalmente, as gravadoras, estão se adaptando – em maior ou menor grau – à nova realidade da era digital e às novas tendências e fórmulas de difusão da música em geral.

Primeiro Prêmio de Música Digital

Se no início desta nova era da música a indústria fonográfica foi pega de surpresa pelo surgimento da pirataria virtual, com a conseqüente e exponencial queda na venda de discos, hoje o mercado musical vem dando bons sinais de uma (ainda tímida, porém potencialmente gigantesca) recuperação que vem, justamente, do universo virtual.

A cada dia que passa os LPs, K7s e CDs, que outrora reinavam em nossas estantes, estão dando lugar aos novos formatos digitais, cada vez mais comuns entre os bilhões de consumidores de música ao redor do mundo. Expressões como download, MP3, truetones, ringtones, iPod, iTunes, MP3 Player, fulltrack, fullvideo, shortvideo, Bluetooth, entre outras, já são usadas correntemente pela imprensa mundial e entre pessoas de praticamente todas as classes e grupos sociais ao redor do globo.

Prêmio de música digital

Diante desta nova realidade e atento às mudanças do mercado, o produtor musical Marco Mazzola* resolveu criar o primeiro PRÊMIO DE MÚSICA DIGITAL se associando a Marcelo Alves, diretor da ADMA Eventos, eleita como a “agência do ano” pelo prêmio Colunistas Promo 2009 e 2010.

Inédito no Brasil e no mundo, o PRÊMIO DE MÚSICA DIGITAL surge como uma forma de estimular, valorizar e reconhecer este novo segmento no Brasil. E, também, tem o objetivo de incentivar – e tentar conscientizar – o publico e fãs em geral a consumirem legalmente o conteúdo digital de seus artistas preferidos, no lugar da opção pela pirataria virtual que não remunera artistas, compositores, músicos e produtores.

O PRÊMIO DE MÚSICA DIGITAL conta com a chancela das principais gravadoras representadas pelas entidades ligadas ao mercado fonográfico no Brasil (ABPD, ABMI, ABEM e ABER), além da participação das principais empresas envolvidas na comercialização de plataformas digitais (OI, TIM, Claro, Vivo, UOL, NOKIA, Baixa Hits, Terra e iMusica).

Prêmio de música digital

O PRÊMIO DE MÚSICA DIGITAL será dividido em três formas de premiação:

  1. Prêmio por Vendas: As gravadoras, bandas e artistas independentes fornecerão seus dados de comercialização virtual, que passarão por uma auditoria que definirá as músicas vencedoras nas 10 categorias do prêmio, divididas por gêneros musicais.
  2. Prêmio por Voto Popular: Um conselho, formado por jornalistas especializados e representantes de cada canal de distribuição participante do prêmio, escolherá, sob os critérios de presença e engajamento nos meios digitais, as 05 músicas que irão a voto popular em três categorias – Artista do Ano; Música do Ano; Artista Revelação.
  3. Prêmios por Reconhecimento Digital: Divididos em duas categorias: Marca mais engajada digitalmente, que vai destacar a empresa que mais apoiou a música digital no ano; e Artista Mais Engajado Digitalmente, que vai premiar o artista que mais marcou presença nos meios digitais com iniciativas que visam promover a legalidade e a venda de conteúdos digitais.

Ao todo serão 15 premiados que iremos apresentar na cerimônia de premiação que acontecerá dia 23 de novembro de 2010 no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro.

* Fonte: Publicação da ABPD 2009.

** www.marcomazzola.com.br.

*** ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos), ABMI (Associação Brasileira de Música Independente), ABEM (Associação Brasileira dos Editores de Música), ABER (Associação Brasileira de Editoras Reunidas).

Informações em http://www.premiodemusicadigital.com.br/, telefone (21) 3592-7726 ou no email faleconosco@premiodemusicadigital.com.br.

Só o blues salva

Posted in Música with tags , , , , , on 13/09/2010 by Ilhota Rock Festival

Só o Blues SalvaFoi na prisão que Luiz Mendes começou a ter prazer ouvindo música, e se virou fã de blues.

Durante muitos anos, décadas, sonhei, na minha solidão prisional, em ter casa, filmes, livros, computador, televisão, internet e música, muita música principalmente. Não seria só para mim, mas também pelo prazer de poder receber com elegância. Mas, ao sair da prisão, foi difícil até andar (tomei muita trombada até aprender), quanto mais ter isso tudo. Mas acreditei e empreendi nesse sentido.

BluesEstou conquistando. Não como queria (já, agora), mas aos poucos, como dá. Construí a casa no ano passado, após cinco anos de muito esforço, autocontrole e economia. Possuo atualmente cerca de 900 filmes, entre piratas e originais. Tenho aqui para ler, li ou tenho lido os livros que quis desesperadamente ler e dos quais fui privado por estar preso. Meu laptop é top de linha; a televisão é de plasma. Tenho TV a cabo e internet banda larga. Mas meu maior apreço é pelos meus CDs de música e DVDs de shows musicais.

Comecei a construir prazer musical na prisão. Até então não passava de um idiota estupidificado pela ignorância e pela dor. Levava meus sentimentos embaixo da sola do sapato. Pisava, esmagava para não doer mais ainda. Ainda bem que precisamos sempre de novos começos. Caso contrário, acho que acabaríamos antes dos 10 anos de idade. E eu comecei escutando Jô Soares Jam Session na rádio Eldorado todos os dias às 18 horas. Aos primeiros acordes de Buddy Guy, eu já identifiquei o blues como o lugar onde eu deveria estar com minha vida toda. A angústia, a ansiedade e as paixões imensas que se debatiam dentro de mim encontraram no blues sua expressão mais legítima. Dali para frente ficou mais fácil transformar tudo em música, poesia, e sobreviver.

BluesDe seis anos a esta parte, venho acumulando conhecimentos e materiais dessa cultura. Estudo em revistas especializadas, livros e filmes. Compro em sebos, piratas (crime maior é o original ser tão absurdamente caro), baixo na internet, como for e meu dinheiro der. Tenho já coleção considerável dos clássicos e até dos mais novos. A internet facilitou bastante.

Chorar de prazer

Gosto particularmente de Billie Holiday. Há três músicas dela – “Strange Fruit, “Lover Man” e “Summertime” – que não canso de escutar. A mulher interpreta com tamanha sensibilidade que faz doer na gente. Depois dela vem Buddy Guy. Tenho um show em que ele toca “Red House” e “Voodoo Child”, do Jimi Hendrix. Dá vontade de chorar de prazer. Ele esmerilha, acaba, parece incorporar o grande Hendrix.

BluesGosto muito de Muddy Waters e de John Lee Hooker. Ainda tem Clarence “Gatemouth” Brown e Dr. John, que tocam maravilhosamente. Tenho aqui em casa, graças à internet, dois CDs com 40 músicas de Robert Johnson, o mito do blues. Aos poucos vou me tornando um conhecedor de blues e gosto muito disso. Acho até que já faço uma leitura bastante satisfatória.

BluesClaro, gosto de outros estilos musicais: o rock progressivo do Pink Floyd e do Genesis (com Peter Gabriel nos vocais); o rock pesado do Deep Purple. Mas ainda prefiro os novos músicos de blues, como Robert Cray, Rory Gallagher e, principalmente, Stevie Ray Vaughan. Suas músicas são emocionantes e muito criativas.

Não sei, mas parece que a esperança de paz anda amortecida. Com o que já fui feliz, hoje sentiria dificuldades. Quase nada satisfaz de verdade. Tudo parece com data de validade vencida. O que há de melhor na vida é que tudo aquilo que pode ser refutado, evoluído ou superado acontecerá inevitavelmente. E isso nos conduzirá ao que virá, sem nos empacar por muito tempo. O blues provavelmente é um estágio, mas tomara eu consiga reter dele a possibilidade de rir, chorar e me sensibilizar, sem parecer bobo ou afrescalhado.

Escrito por Luiz Alberto Mendes, 56, é autor de Memórias de um sobrevivente, sobre os 31 anos e 10 meses que passou na prisão. Seu e-mail é lmendesjunior@gmail.com

Escrito por Ronaldo Lemos, para revista Trip.

Senhoras e Senhores, o Teatro Mágico

Posted in Música with tags , on 28/08/2010 by Ilhota Rock Festival

Senhoras e senhores a revolução musical acontece sem nenhum jabá, sem nenhum rabo preso com uma mídia corrupta, ou por alguns tustões se vendem. Isso não é o caso a trupe bem sucedida tem nome o Teatro Mágico, com bom tempo na estrada a banda independente seu idealizador Fernando Anitelli, 35 anos, ator, músico e compositor é o responsável pelo sucesso. Nascido em Presidente Prudente e criado na cidade de Osasco, São Paulo, Anitelli “brinca” com arranjos e melodias desde os 13 anos, “Quando vi que rimar amor com humor funcionava, não só na estética e na melodia, mas no sentido que aquilo tinha pra mim, nunca mais parei de fazer música”, revela.

Em 2003, Anitelli entrou em estúdio para gravar seu primeiro CD. O álbum recebeu o sugestivo título “O Teatro Mágico: Entrada para Raros”, numa referência ao best-seller “O Lobo da Estepe”, do escritor alemão Hermann Hesse. “Quando eu li sobre o Teatro Mágico do Hesse, percebi que era justamente aquilo que eu gostaria de montar: um espetáculo que juntasse tudo numa coisa só, malabaristas, atores, cantores, poetas, palhaços, bailarinas e tudo mais que a minha imaginação pudesse criar. O Teatro Mágico é um lugar onde tudo é possível” conta.

O Teatro MágicoFazendo uma retrospectiva do ano de 2009, Anitelli relembra um dos fatos marcantes na trajetória do Teatro Mágico: “Em agosto, cerca de 400 internautas acompanharam a gravação da primeira versão da música “O que se perde enquanto os olhos piscam”, feita totalmente ao vivo pela rede. Essa canção, composta interativamente com os internautas, foi disponibilizada no site e já é uma das mais baixadas, evidenciando que o que é feito com colaboração aumenta as possibilidades de quebrar barreiras.

O Teatro Mágico é muito mais que uma banda , já ganhou prêmios e uma critica do Jornal folha de São Paulo “longe da critica perto do público” referindo ao segundo ato, álbum da trupe.

Shows lotados, espetaculo garantido com um conteúdo impecável, auto teor de cultura. O circo ainda sobrevive. Ainda bem!

O Teatro MágicoEm cena, Anitelli revela uma expressão cênica incrível seja declamando versos, cantando ou fazendo performances. “Quando estou no palco, faço questão de frisar que aquele ali sou eu, não é um palhaço ou outro personagem qualquer”.

O Teatro Mágico torna possível que cada um se mostre como é, que cada verdade interna seja revelada. Essa é a grande brincadeira, “ser o que se é, afinal todos somos raros e temos que ter consciência disso”, destaca. E assim, Anitelli vai traçando um paralelo entre o real e o imaginário enquanto o público, aos poucos, vai entrando na mesma frequência sinestésica marcada pelo ritmo do espetáculo. No final, palco e platéia se fundem e cada um dos presentes vai descobrindo a delícia de se permitir ser um pouco mais de si mesmo.

O Teatro MágicoO segundo álbum do Teatro Mágico com 19 faixas, é altamente permitido baixar na internet, assim o idealizador de tudo o Fernando quer, cultura para todos de qualidade,não baixarias é conteúdos duvidosos.

Em cena,o cantor revela uma expressão cênica incrível seja declamando versos, cantando ou fazendo performances. “Quando estou no palco, faço questão de frisar que aquele ali sou eu, não é um palhaço ou outro personagem qualquer”.

O Teatro MágicoO Teatro Mágico torna possível que cada um se mostre como é, que cada verdade interna seja revelada. Essa é a grande brincadeira, “ser o que se é, afinal todos somos raros e temos que ter consciência disso”, destaca. E assim, Anitelli vai traçando um paralelo entre o real e o imaginário enquanto o público, aos poucos, vai entrando na mesma frequência sinestésica marcada pelo ritmo do espetáculo. No final, palco e platéia se fundem e cada um dos presentes vai descobrindo a delícia de se permitir ser um pouco mais de si mesmo.

Chupado da rede e mais um clássico Ctrl+C, Ctrl+V cultural.

20 Músicas para se Ouvir no iPod do Pantera

Posted in 20 Mais with tags , , on 28/08/2010 by Ilhota Rock Festival

20 Músicas para se Ouvir no Ipod - PanteraAssim como em alguns blogs especializados em publicar notícias e informações do mundo rock, vamos a partir de agora divulgar a lista das “20 mais” para ouvir no iPod ou em outra mídia que deixa reproduzir rock’n’roll, sempre com 20 músicas escolhidas pra quem não conhece muito bem as bandas que faz e fizeram história, dando destaque e um apanhado com as faixas mais populares e grandes hits e singles de cada uma.

Portanto, a partir deste momento, vamos debater as “20 mais” de cada banda. Os interessados em discutir o tema, propondo sugestões das bandas e suas canções, desde os deuses do rock até as bandas independente e alternativas, incluir sugestões neste blog, ou cadastrar no fórum ilhotarockfestival@googlegroups.com ou na comunidade oficial do Ilhota Rock no Orkut http://www.orkut.com.br/Main#Community?rl=cpn&cmm=102000390. A idéia é generalizar e discutir com todos, desde que, cada participante, apresente sua lista com das músicas e dos álbuns correspondente.

PanteraSeguem então, as 20 músicas de uma banda que revolucionou o Heavy Metal nos anos 90 enquanto muitas outras entraram em decadência. Com vocês, Pantera!

  1. Cowboys From Hell (Cowboys From Hell).
  2. Primal Concrete Sledge (Cowboys From Hell).
  3. Psycho Holiday (Cowboys From Hell).
  4. Cemetery Gates (Cowboys From Hell).
  5. Domination (Cowboys From Hell).
  6. Mouth For War (Vulgar Display Of Power).
  7. A New Level (Vulgar Display Of Power).
  8. Walk (Vulgar Display Of Power).
  9. Fucking Hostile (Vulgar Display Of Power).
  10. This Love (Vulgar Display Of Power).
  11. Strength Beyond Strength (Far Beyond Driven).
  12. Becoming (Far Beyond Driven).
  13. 5 Minutes Alone (Far Beyond Driven).
  14. I’m Broken (Far Beyond Driven).
  15. Slaughtered (Far Beyond Driven).
  16. Revolution Is My Name (Reinventing The Steel).
  17. I’ll Cast A Shadow (Reinventing The Steel).
  18. Goddamn Electric (Reinventing The Steel).
  19. Drag The Waters (The Great Southern Trendkillers).
  20. I Can’t Hide (Official Live – 101 Proof)

Gil, Caetano e Gal em 69, o fim do sonho em radical psicodelia

Posted in Música with tags , , , , , , , , on 17/08/2010 by Ilhota Rock Festival

Gil, Caetano e GalO ano de 1969, no Brasil, marcou o fim da era do rock que nasceu com a Jovem Guarda e teve seu ponto de efervescência com a Tropicália. Naquele período, a ditadura pegou pesado com a edição do AI-5, que fechou o Congresso Nacional e implantou o terror contra a oposição. Como resultado, muitos artistas foram expulsos ou “convidados” a sair do país, como ocorreu com Gilberto Gil e Caetano Veloso. Antes de fechar o ciclo, no entanto, naquele mesmo ano, os dois, mais Gal Costa, deixaram sua marca definitiva na história da música brasileira.

Gil, Caetano, Gal e BethâniaSão de 1969 os discos “Gilberto Gil”, “Caetano Veloso” e “Gal”, talvez não por acaso auto-nominados, clássicos das respectivas carreiras. Os três discos mantinham uma profunda sintonia com a psicodelia que marcava o rock e a música mundial naquele momento. Exceto os discos dos Mutantes, nada pode ser considerado mais radicalmente psicodélico do que esses três discos. Além dos repertórios adequados àquela linguagem, o clima e a sonoridade também tinham a ver com a produção de Rogério Duprat e, mais ainda, com a guitarra de Lanny Gordin.

O disco de Gil contém obras como “Cérebro Eletrônico”, “A Voz do Vivo” e a versão de “2001” que se equiparam ao que mais radical foi produzido pelo rock internacional naquele final de década. Caetano com “The Empty Boat” e “Lost in Paradise” e Gal com “Tuareg” e “Com Medo, Com Pedro” também não ficaram atrás. Ainda hoje, quando completam mais de quarenta anos, as três obras mantém extrema atualidade e seguem sendo itens de audição obrigatória para quem quiser fazer música pop no país.

Fonte: Fernando Rosa editor do portal Senhor F.